29.9.05

Sorria!


V0cê já sorriu hoje?
Gosto muito de ver sorrisos. Mesmo eu não sendo tão hábil para decifrá-los. Um sorriso pode-se determinar um comportamento. Um riso espontâneo é sinal de sinceridade. Um riso forçado talvez seja sinal de carência. Não sei, são apenas minhas avaliações. Eu (ainda) não sou analista.
A pergunta é: o que nos faz sorrir? Sendo que ele está presente em toda a nossa vida... Qual é o motivo de tal sentimento carismático? Qual é o segredo da química de uma risada franca e sincera? Por que, em meio a tribulações que nos deixam cada dia mais tristes, estressados e angustiados... Por que ainda sorrimos quando encontramos algo engraçado? É mais que pura e simples Biologia. É transcendente.

Hoje, trago comigo um pequeno texto do Chaplin, que traduz aquilo que é mais essencial, que eu acho, ao ser humano. O sorriso. É através de um pequeno sorriso que se revelam muitas coisas no interior da pessoa. Não sou nenhum analista humano para ficar-me atendo a pontos específicos, mas uma coisa é certa: o sorriso é o reflexo de uma alma sadia.

Com isso...
Quero homenagear aqui uma pessoa da Casa Verde com esse “poeminha”. É a pessoa que considero possuir um sorriso do tipo encantador. Nunca fui um exímio reparador de sorrisos, mas esse é diferente. Por mais brava, por mais nervosa que a possuidora desse sorriso esteja, quando ela aparece, tudo sempre parece ficar mais ameno. E seu sorriso acalma-lhe a face. Preciso dizer o nome dessa pessoa?


Preciso de Você
Charles Chaplin

Não preciso me drogar
Para ser um gênio,
Não preciso ser um gênio
Para ser humano,
Mas preciso do seu
Sorriso para ser feliz.

28.9.05

Internato.


Internato. Seria a palavra adequada para descrever o local no qual resido agora, a famosa Casa Verde?
Talvez. Se eu levasse em conta que passo dois terços do meu dia com eles, se eu levasse em conta que ficamos praticmamente "presos" a tudo que acontece lá dentro... Eu poderia afirmar que sim. Mas acho que não.
A Casa Verde não pode ser um internato. Não existe liberdade em uma instituição como essa. Você é preso a tudo e aos seus autoritários "mandantes". Pelo o que vejo na CV, o que mais as pessoas prezam por lá é justamente o ir-e-vir, a liberdade, the nigger freedom...
Enfim, espero mais que a Casa Verde, na qual estou eu "internado", seja mais um ponto de encontro de estudantes de Comunicação do que um local no qual impera a frieza e a indiferença.

Que o tempo jamais enferruje as estruturas dessa casinha...

26.9.05

É difícil...


(ANTES DE TUDO: Vou explicar uma coisa sobre mim que deve estar meio soturna, ainda. O fato de eu me intitular um corvo.

Sei que essa maldita ave tem estigma de mau agouro. Não é minha sina, graças a Deus. "Corvo" foi uma manifestação amistosa de alguns colegas meus do meu antigo colégio. Ganhei esse "apelido" na época do Mion na Band. O povo me achava sem noção como o Corvo do Descontrole. Daí, o nickname...)

Sem querer ser clichê... É muito difícil.

É muito difícil você querer realizar desejos que são, pelo menos no momento, são intangíveis. Muito difícil para alguém, como eu, sempre ansioso por dentro, necessitado das coisas, das pessoas.

É muito difícil você ter que se afastar fisicamente de uma pessoa da qual você gosta muto. Mas você tem que fazer isso, afinal, foi você quem provocou a situação desagradável de secessão.

É muito difícil quaisquer recomeços. Não há nada que seja mais frustrante que um mal recomeço de vida. Já me aconteceu em eras passadas de estar na expectativa de que coisas boas virão, que será tudo diferente. Tolice.

Enfim, é muito difícil eu me assumir como eu mesmo. Admito, sempre procuro subterfúgios em sub-identidades. Se é para fugir ao rotineiro, se é para ser anômalo... Não sei. Ainda, com certeza, sou eu mesmo. Mas não sou sempre o mesmo...

Resumindo: é foda!

Sei que tudo é muito complicado. Somos todos diferentes, pensamos de formas totalmente distintas. Espero aprender, com Deus, na Casa Verde, aquilo que me custa a aprender: a lidar comigo mesmo, nas minhas dificuldades, nos meus pensamentos... Na minha vida comigo mesmo. E com os outros, óbvio.

25.9.05

Ansiedades.

Se ansiedade é natural numa dificuldade, eu estou em apuros sérios.
Digo isso de experiência própria. Sou um ser de muitos anseios, daí as ansiedades. Aliás, todos nós podemos dizer que, numa bruta situação de dificuldade, fomos acometidos por uma tremedeira incessante, mãos com sudorese, etc. Ainda que seja uma pedrinha, temos medo de transpô-la, porque podemos muito bem tropeçar e, pior, cair.
É... mais uma vez a ansiedade vem me dominar. Sinal de dificuldades a enfrentar. Não são muitas, mas bastantes para me deixar sonolento no outro dia, já que não consegui dormir no dia anterior.
Todo recomeço para mim é um sufoco. Recomeçar a estudar e justo em um ambiente que desejei por três anos... Não foi fácil; aliás, não está sendo. Mas não gosto de deixá-la transparecer. tanto que, todos os dias, ao chegar na sala, cumprimento a todos com um bom-dia, mesmo se não sou correspondido.
Outra coisa: se me encontro próximo a determinadas pessoas, sinto calafrios. Lógico que não são de medo, mas de falta de coragem para sondá-lo no olho. Sim, olho para todos nos olhos, mas algumas pessoas emitem uma carga tão pesada que logo desvio o olhar. Não sei se é porque não gostam de mim, não sei se é porque não sou o tipo delas, não sei o porquê. Ainda que me sinta "constrangido", ansioso perto de algumas pessoas, tento me manter sempre perto do bando. Não quero ser uma ovelha desgarrada.
De uma coisa eu tenho certeza: somente me verei livre de todo e qualquer problema na Eternidade. Lá sim, experimentarei a verdadeira Paz interior. O que tenho aqui na Terra são subterfúgios, fugas temporárias. Devaneios em uma meia-noite nublada e enevoada.
Ansiedade, por que persistes em habitar meu ser? Diminue tua influência sobre mim, pelo menos por enquanto...

24.9.05

Eu sou um cara.
Sou um cara que gosta muito de aproveitar de tudo aquilo que a vida me oferece. Sou adepto do famoso carpe diem. Sim, gosto de aproveitar a vida, sim...

Eu sou um cara.
Um cara que vive de bem com a vida, talvez um dos mais risonhos e bobões que você já viu na sua vida. Aquele cara que sempre ri, mesmo triste. Aquele cara que não se esquece jamais dos problemas que possui, e muito menos os dos outros. Mas não corto os pulsos...

Eu sou um cara.
Um cara que também sofre quando os outros sofrem. Para mim, é pior que o outro sofra do que eu. Posso parecer um idiota ao afirmar isso, mas é porque eu valorizo muito quem me valoriza. Eu gosto de compartilhar meu companheirismo com os outros, quem me conhece sabe o que quero dizer. Gosto muito de ouvir o que você tem a me dizer. Sobre tudo, sobre todos, sobre mim. Sobre minhas atitudes, meus modos de agir. Tudos o que você diz para mim é muito importante. Portanto, não se omite.

Eu sou mais um cara.
Mais um na multidão, tentando se destacar e ser visível no meio de tanta névoa de mágoas, desilusões e sentimentos efêmeros. Sempre querendo achar uma solução de salvar o mundo... Ah, que utopia... Era para eu estar também deprimido, mas existe uma esperança em mim que não morre tão cedo

Eu sou apenas um cara.Um rapaz que chora não apenas por chorar, mas ao se aperceber no meio do "Desencanto do Mundo". Um cara que chora quando aflito, um cara que chora quando não consegue mais sorrir. Não que o choro seja o extremo do meu ser, mas é que costumo mais chorar pela alegria do que pela tristeza. A não ser naqueles dias de brown leaves, fall days...

Enfim, sou eu, Bruno. Prazer em me conhecer.