6.5.06

LUTO

Venho aqui comunicar a minha solidariedade para com a família de N. S. P. Essa minha amiga, recentemente, perdeu seu irmão mais novo, algo que ela tinha como uma jóia, uma preciosidade.

Uma perda irreparável.

Hoje, 06 de maio, é a missa de sétimo dia. Ficam registradas aqui minhas sinceras condolências, N. Também dá vontade de chorar.


Não enterres, coveiro, o meu Passado,
Tem pena dessas cinzas que ficaram;
Eu vivo d'essas crenças que passaram
E quero tê-las sempre ao meu lado!

Não, não quero o meu sonho sepultado
No cemitério da Desilusão
Que não se enterra assim sem compaixão
Os escombros benditos de um Passado!

Ai! Não me arranques d'alma este conforto!
-- Quero abraçar o meu Passado morto,
-- Dizer adeus aos meus sonhos perdidos!

Deixa ao menos que eu suba à Eternidade
Velado pelo círio da Saudade,
Ao dobre funeral dos tempos idos!
(Augusto dos Anjos, Tempos Idos)