Responsabilidade - parte 02
Não é todo dia que se vota um referendo. Aliás, esta é a primeira vez na História do Brasil que acontece uma votação para ratificar ou refutar uma lei aprovada previamente. Sempre o que se vê são os PLEBISCITOS que, ao contrário dos referendos, vêm a perguntar para a população se tal idéia é válida e pode ser votada como lei.
Voltando à questão da mídia, o que a revista Veja fez, em se tratando de material jornalístico, foi uma puta sacanagem, pois, dessa forma, ela não abre o verbo para o diálogo das partes. Segundo essa revista, o alinhamento ao não deve-se pelo fato de somente haver um lado da questão, não dois; diz seu editorial que o referendo é inconstitucional, que vem a violar um direito constitucional que é o da legítima defesa. Ao se abdicar desse direito, abdica-se da Constituição. Foi isso que Veja deu a entender, pelo menos para mim, não sei se é a interpretação correta.
O fato é: sejamos sinceros, o que a Veja foi, em se tratando de jornalismo, foi uma merda! Averiguar apenas um lado da situação não é Jornalismo, é Intervencionismo Ideológico: é querer intervir nas idéias dos mais indecisos e forçá-los a aderir a seu movimento. Trata-se muito mais de marketing do que de investigação. Não vim aqui para acusar a Veja e ficar defendendo as outras mídias. Do contrário.
Essa bagunça em torno da Veja só veio por que ela resolveu se alinhar ao oposto do que vem acontecendo com a mídia, que é alinhar-se ao sim. Se eu citei a revista de maior circulação nacional como "exemplo" do não, cito a REDE GLOBO como a principal mídia polarizadora do sim. Não me venha com essa história de que foi por livre e espontânea vontade porque não foi. Acaso você viu algum global se pronunciar pelo não? (Isso me lembra uma charge do Quinho, que eu vi ontem numa banca de jornal: uma artista, supostamente global, dizendo diga não às armas e, em sua volta, uns seguranças mal-encarados e empunhando armas visivelmente. Que paradoxal...)
Aí vem uma pergunta na minha mente que não quer calar: será que toda a mídia se uniu e decidiu apoiar, mesmo que sutilmente, o sim por uno consenso, ou foi a partir do momento em que a Globo se pronunciou pró-desarme?
(Engraçado... Não vi a Isto É tem muito tempo...)
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Pessoal, amanhã é o dia. Lei seca a partir das 04h da manhã até 20h. Iremos, ainda que a contragosto, mas fazer o quê, né?...
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